Louise Romano

Em 2008, aprendi demais, aprendi muito. Aprendi a aprender. Aprendi que é preciso ser humilde, simples, mas não otária. Aprendi a não ser superior ou pelo menos tentar às vezes, não ser superior, soberana. Mas gosto de ser assim, liderar, porém aprendi que é preciso ser sutilmente superior. Aprendi que preciso dos outros, mas que os outros tem um jeito diferente de fazer as coisas e que é preciso respeitar esse jeito. Aprendi que respeito é muito mais do que não a voz e é também compreender e aceitar as diferenças de um indivíduo. Aprendi que isso é preciso para se viver e conviver em conjunto. Aprendi a me calar. Aprendi a ouvir, escutar. Aprendi a não ter medo de perguntar, aprendi a pedir, aprendi um jeito diferente de dizer não . Aprendi a correr atrás, aprendi as me amar mais, aprendi a sem medo confiar nos meus pais. Aprendi que ainda não sei amar mas só o tempo vai me ensinar. Aprendi a esperar porque, às vezes, é só o que nos resta. Aprendi que nem tudo se pode controlar, que certas coisas surgem e não dá para negar. Aprendi que umas coisas se entende e com o tempo se aceita e outras, você simplesmente aceita. Aprendi a ajudar somente quem quer ajuda. Aprendi a relevar, "cair" e "levantar". Comecei a aprender a mais leve a vida levar e que também para curti-la preciso me acalmar. Aprendi que tenho ainda muito o que aprender.


Escrito em: 30/12/2008

Autora: Lu Poeta
Louise Romano
O mundo está girando rápido demais.
Está tudo certo agora,
mas tenho saudade do tempo
que não voltará jamais.
E de repente me libertei de vocês
Apesar de ainda sermos cúmplices
Ainda temos segredos, planos secretos.
Sinto saudades mas não é com antigamente
Sigo minha vida, e pareço
não precisar mais de vocês.
Vou em frente.
Mas com a certeza de tê-las de um jeito
diferente em meu coração, mas tê-las.

Escrita em: 07/10/2008
Autora: Lu Poeta.
Louise Romano





Dançar eu só quero.

Algo me puxa.

Algo me liga.
Algo me fixa.
Algo me imanta a isto.

Sou sua escrava, sua serva
e minha alforria
não quero jamais.


É mais forte que as obrigações
o prazer de estar, ficar nesse meio.
Nem sempre posso mas permaneço.

Eu paro tudo para me mexer.
Balanço-me contra os certos e as certezas.
O tempo voa quando flutuo nessa onda.Canso-me alegremente quando
expresso dessa forma tudo,
inclusive coisas tristes, é um alívio.

E deixo a dança me levar
para onde ela quiser.
E se um dia, não mais
me quiser,não puder
não me aguentar mais,
fico sem meu chão sem meu norte,
pois na vida brincar de dança
e com a dança eu só quero.

Escrita em: 17/10/2008
Autora: Lu Poeta
Louise Romano




Um sentir diferente,
uma intrigante ancia,
um bater mais forte
no peito.
Um pensamento que
paralisa.
Uma felicidade que
dá vontade de movimento.
Algo estranho e bom.
Confusa; coisa.
Coisas confusas.

A esperança de quem
sabe algo novo.
Um gostar pouco a
pouco cada vez mais.
Uma alegria tão instigante
de um êxtase que estasia.
O medo do desconhecido talvez
doloroso que leva a um
caminhar devagar.
Meu corpo cansa
mas meu coração
pede mais.

Tentar controlar a ansiedade
desses sentimentos felizmente
contundentes; misturados,
exercitam a paciência.
Mas há uma vontade
de querer de pronto e já!
Agora!
De pronto e já!
Agora!
E nesses instantes bufantes,
O corpo pede calma ao coração
E sente que o momento
é realmente maravilhoso.
Não há o que temer,
não há o que ter pressa.
É preciso deixar acontecer.
Viver e sentir a glória
dessa longa fase.
Escrita em: 03/12/2008
Autora: Lu Poeta