Louise Romano

Nós sem nozes
só eu e você.
Noz a sós
não é nada bom.
Mas incrível mesmo
são os beijos de nozes.


Autora: Louise Romano
Escrito em: 15/12/2009
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Louise Romano


Nada de dormir na casa da vizinha. Regra de hoje: fazer o que se deseja. Só quero a auto companhia.
Já tirei o telefone do gancho, desliguei computador e celular. Família e amigos não existem, namorado até poderia, mas já ouvi suas palavras e notícias diárias que me contentam, hoje é o suficiente.
O barulho do chuveiro e o som alto me fizeram não perceber o temporal. Deixa a minha voltagem ser zero só um pouco e até ter imprudências com a segurança da casa. Ficar aqui com um rascunho e poder encontrar poesias minhas e alheias. Viajar nas paredes infinitas do lugar chamado Livro. Sossegar.

Autora: Louise Romano
Escrito em: 02/12/2009
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Louise Romano



Olhar para essa apatia
não aguento mais.
Sem rumo nessa
toda confusão.
Mente por Frágil
demais pensar.
Corpo abatido
pelas indecisões.
Respostas consolidadas
na inconformação.
Matéria
fortemente sensível
incomodada
pelo próprio olhar
em perceber insatisfação.Querer não é poder.
Fica difícil
encarar a si.
Encontrava antes
esperança
no olhar alheio.
Hoje é tudo turvo.


Autora: Louise Romano
Escrito em: 04/11/2009



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Louise Romano

O jeito que você me ama: estranho.
Sempre que precisa me dedico.
Uma entrega a decepção certeira.
Tem o poder de estragar o que vai bem.
Antes era primeiro lugar.
Hoje só chama para lhe salvar.
Cansada das suas falhas abruptas.
Resolvi secar as lágrimas e a voz.
Acostume-se com minha frieza.
Sem perceber pede esse comportamento.
Não só lamento, como triste fico.
Mas me habituo.

Autora: Louise Romano
Escrito em: 02/11/2009
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Louise Romano
Eu quero, mas será que posso?
Dizem que não
mas é demais para mim.
Talvez seja na medida
só o tempo é quem sabe.

O medo é meu freio
com isso sigo e aceito
esse novo estado.

Não consinto assim tão fácil
Reflito e percebo que gosto disso.

Autora: Louise Romano
Escrita em: 29/09/2009
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Louise Romano


Que jeito estranho é esse que as pessoas tem de se expressar através de sons emitidos pelo movimento da boca, língua e dentes. Elas conseguem se entender e eu não consigo transmitir desse jeito nada, é muito difícil e nenhum pouco natural, quase uma repetição ensaiada. Um sorriso ou gargalhada é inevitável, mas só isso. Se o normal fosse mandar bilhetinhos com sua face dizendo algo, comunicar-se seria tão mais fácil. Ou então gestos dançados compreensíveis a todos, para mim de uma forma ou de outra tanto faz.Mas essa coisa de ter que abrir a boca exige muita coragem.

Escrito em: 21/09/2009
Autora: Louise Romano
Louise Romano
A frente dos seus negros olhos ele usava uma delicada fonte de poder. Com essa, avistava e desolhava, vestia e desnudava.
Os olhares alheios nem imaginavam o alcance que poderia chegar. Ele pelo contrário, fitava tudo o que não podia com essa venda radiográfica.
Usava até para não ver e ninguém perceber.
Quebrando-se, parte dele se desfazia. Sem o objeto podia sim enxergar, mas, certos olhos seriam capazes de derrubá-lo. Já com a ausência da sensação de alguns ia um vazio ficar.
Autora: Louise Romano
Escrito em: 01/09/2009

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Louise Romano

Precisa ser tão desgastante intenso e doloroso? Tem sido fácil me abalar. Uma brisa já me derruba. No ápice da sensibilidade consigo sentir meu sangue pulsando nervoso em minha veias. No pico do medo cada dia fica mais difícil de puxar o ar. Na certeza da censura a água corre não posso controlar. No auge da ansiedade me mutilo pouco a pouco, algo imperceptível , são unhas, cutículas, arranhões ... Pois a dor física alivia a hemorragia interna que com algum esforço tenta ser contida. Porém, a cada passo pareço estar em um campo minado. E os fatos simultâneos em demasia, geram bloqueios e embaraços. Aceitar as coisas com simplicidade, dizendo "amém" sem questões seria um viver desse jeito mais leve, prazeroso e indolor?

Autora: Louise Romano
Escrito em: 01/09/2009
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Louise Romano
O poder que você exerce
sobre minha vida é
imenso e inexplicável.
E eu abomino isso.
Admiração quase cega
misto de temor angustiante.
Estranho e que satura.
Quero fugir dessa loucura.
Tenho que esperar
o tempo combinado acabar
e então me livrar.
Autora: Louise Romano
Escrito em: 07/08/2009
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Louise Romano

Socorro meu povo
Socorro é o porco
que eu nem comi
mas me faz mal.
Socorro meu povo.
Não seja hipócrita.
Socorro é arroto
quase ancia
de tanto nojo
desses segredos todos.
Socorro meu povo.
Escrito em: 28/07/2009
Autora: Louise Romano
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Louise Romano
Amanhã eu faço...
Depois verifico...
Mês que vem vou...
Deixa isso...
Irei mas não agora.
Nesse momento não dá.
Só um instante... (eterno).
Escrito em: 09/07/2009
Autora: Louise Romano
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Louise Romano




Em boas doses de satisfação ela era feliz e sabia disso. A vida lhe amargava em algumas pitadas, mas nada que afetasse o seu sorriso. Há muito tempo não a vejo mais não a sinto mais como antes. Ela se foi por um período indeterminado. Faço de tudo para encontrá-la e não consigo. Gostaria muito de revê-la logo. Não sei nem se vai voltar. Ela não queria ficar longe, lutou muito para regressar. Buscou até se cansar. Sinto saudades dela.

Autora: Louise Romano
Escrito em: 01/07/2009.
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Louise Romano

Tudo tão entalado e preso que mal consegue sair. Ouvir da sua boca o reconhecimento do erro um uma só palavra basta. Mas como se isso é o que você não tem! E é essa falta que me engasga tanto ao ponto de tossir nas pessoas erradas por nada. Talvez fosse muito mais simples apagar e mesmo com certo rancor viver chorando meias lágrimas. Contudo meu dia a dia remete você. Eu quero e não parece que você quer resolver. Vence seu orgulho e vem aqui então se quiser.
Autora: Louise Romano
Escrito em: 28/06/2009
Louise Romano

Felicidade demais às vezes atrapalha, por lhe deixar voar seguir instintos e não raciocinar. Felicidade extrema é um sentimento egoísta, é não ver que o outro precisa da sua mão por ter um problema. É não enxergar os conflitos da Terra e do pequeno mundo ao seu redor. Felicidade em excesso é extasiar com as alegrias do seu umbigo e não compreender tristezas do amigo. A felicidade pode até ser compartilhada mas esse grupo não vai se lembrar das tragédias alheias passadas.A felicidade às vezes dá medo, tenho medo de ser feliz, pois fato é que quando os meus dentes começam a brilhar, vem algo por estragar. Um estresse e a minha expressão a se fechar. Quem busca a felicidade como algo pleno e completo sempre é o mais depressivo dos seres. A felicidade são momentos, e muitas das vezes os mais simples, sem nenhuma ostentação , que precisam ser melhor valorizados.

Escrito em: 09/04/2009
Autora: Lu Poeta
Louise Romano

Dentro de mim
há uma necessidade de prazer
inatingível, fora de alcance
Algo constante e oprimido
na ânsia da respiração
ofegante.

E na busca incessante
remexo tudo o necessário
Procuro questões
sem solução
E o certo torna-se
questionável.

Pergunto aos outros
mas nada respondem
daquilo que quero ouvir
Por isso caço em mim
o que está escasso por aí.

Reviro cada parte do
meu corpo até contentar-me
momentaneamente na minha
respiração cansada e alegre.

Autora: Lu Poeta
Escrita em: 04/05/2009
Louise Romano
Vou flexibilizar
meus pensamentos
Vou transformar
meus movimentos
Vou agir humanamente
Vou mudar
meu certamente
Vou concertar
meu erroneamente
E vão permanecer
bons sentimentos.

Autora: Lu Poeta

Escrito em: 20/01/2009
Louise Romano

Vazia,
como há muito
não acontecia
A intensidade desse
equivale ao tempo
que não aparecia.
Diferente é dessa vez
um buraco tira o ar
faz corroer, questionar
agir antes de pensar.
Estática,
sufoca no turbilhão
de sentimentos.
Mas precisa ir
para hipocritamente
rir e bafar tudo.
Autora: Lu Poeta
Escrita em: 20/01/2009
Louise Romano

A lua quando um fio

tão inoscente, pueril

mal sabe o poder que

mais tarde vai tomar


O D da lua

é a guia, quando cresce

a cada dia transforma

tudo em pura magia.


A lua em sua plenitude

fria e tímida

mesmo entre nuvens

embrilhantece a noite

apenas pelo grande
brilho do Sol

e preenche vidas com sua beleza


Lua há períodos,

momentos só seus

Escondida recolhe-se

é hora de descansar

Procuro você e só depois

de um tempo vejo então um

renovado fio aparecer.


Autora: Lu Poeta

Escrita em: 09/01/2009