Louise Romano

Ela só queria uma chance de mostrar o que sabia e ser remunerada por isso. Pensava que teria uma oportunidade dinâmica de demonstrar sua criatividade e talentos artísticos. 
Pensou  na roupa: não queria exagero de formalidade pois era algo ligado a arte e a vida. Demonstrar estilo e compromisso era essencial. Não avisou a ninguém em casa se tudo desse certo contaria.
Era tudo novo, então para sua jornada saiu mais cedo de casa. Nos ônibus enfrentou adversidades como o homem bêbado com jeito de assaltante e a mulher prestativa com lêndeas ao seu lado. Por fim e considerado bom encontrou uma veterana candidata a mesma vaga, o que contraditoriamente lhe trouxe mais segurança.
Num apartamento antigo e grande em Icaraí além de perguntas pediram lálálálá ao teclado. Para ela isso era fora de propósito. Disseram que iam entrar em contato.
Essa toda novidade transformou-lhe completamente. Ao acordar a dor de cabeça, antes constante, era menos evidente até desaparecer na totalidade. Tinha medo por desconhecer a situação, ansiedade e esperanças por saber que aquilo podia mudar sua vida.
Autora: Louise Romano
Escrito em: 29/03/2011 
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